Mensagem abril de, 1843

        Nesta mensagem Nosso Senhor enfatiza

a necessidade de honrar os Corações de Jesus
 e o Coração de Nossa Senhora.
  Ele exorta as almas a nunca
   separa esses dois corações.

 

   DURANTE O MEU ÚLTIMO RETIRO foi julgado oportuno pelos meus superiores
ordenar-me a escrever um breve resumo dos meus favores sobrenaturais com
os quais eu recebi de Deus apesar da minha extrema indignidade. Por isso, meu
superior me disse:

   “Irmã, desde que Deus retirou de você os favores extraordinários dEle,
talvez porque você se provou infiel a Ele. Portanto ofereça a Ele atos de
arrependimento por sua infidelidade e implore a Ele restauração para sua alma,
para o estado em que você se alegrava no passado, quando Ele Se revelava
frequentemente a você.”

   Eu obedeci e implorei ao Senhor que perdoasse minhas faltas. Em um
momento particular, entretanto, minha alma estava extremamente perturbada e
foi difícil para eu rezar. Minha imaginação estava como um cavalo de corrida o
qual eu não poderia controlar. No entanto, eu implorei ao Nosso Salvador para
restaurar minha alma para o estado de oração visto que as superioras tinham
me ordenado a pedir essa graça.

   Nosso Senhor imediatamente teve a bondade de ouvir a minha oração
dirigida a Ele por obediência. Pois, creio que na manhã seguinte, quando eu
acordei, eu ouvi uma voz interior dizendo:

   “Retorne para a casa do seu Pai que não é outra senão o Meu
Coração.”

   Essas palavras produziram grande paz na minha alma. Logo que eu entrei
no coro para a oração mental (também é conhecida como meditação*) eu me uni
a Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento, e imediatamente eu O ouvi dizer:

   “Aplique-se diligentemente a honrar Meu Sagrado Coração e também o
Sagrada Coração de Minha Mãe. Nunca separe esses dois corações. É meu
desejo que você reza a esses dois corações tanto para você como para os
pecadores. Eu em troca esquecerei suas faltas passadas e além disso, garantirei
a você graças ainda maiores que antes porque você agora está completamente
unida a Mim através dos seus votos.”

   Então surgiu dentro de mim uma dúvida se era realmente nosso Senhor
Quem havia falado comigo, então o ouvi Ele dizer:

   “Sou Eu, Jesus, presente no Santíssimo Sacramento Quem fala com
você. Eu tenho várias maneiras de comunicar com as almas. Você não consegue
perceber quão calma e quão unida sua alma está Comigo neste momento,
quando apenas recentemente ela estava com muitas distrações? Comece a
fazer como Eu te digo e você logo experimentará muitos benefícios”.

   Depois disso, Nosso Senhor me fez entender que Eu não deveria me
apegar a uma devoção que gratifica apenas os sentidos, e Ele me deu a luz
para ver que as pessoas muitas vezes buscam a doçura interior, pensando
que estão seguindo-O.

   Cumprindo a ordem de Nosso Senhor, comecei a honrar fervorosamente
aqueles dois Corações Amorosos de Jesus e Maria interiormente, e também
exteriormente, bordando imagens desses dois corações em escapulários,
implorando a Nosso Senhor que salvasse aqueles que os usassem.

   Eu também disse para Nosso Senhor neste tempo, “Eu não procuro por
consolações na oração, Ó Senhor. Todo o meu cuidado é para sua Glória e a
salvação das almas”. Então, oferecendo meu desejo ao Pai, minha memória
ao Filho e o meu entendimento ao Espírito Santo, eu me entreguei
completamente nas mãos de Deus e entendi que Ele pretendia purificar
minha alma através de sofrimento interiores.

   Então, eu estava mergulhada na escuridão e, tateando nas trevas, fui
assaltado por muitas tentações. Mas o meu pior sofrimento surgiu do meu desejo
ilimitado de amar e glorificar a Deus. Nada que eu pudesse fazer era capaz de
satisfazê-lo, e assim continuei com fome de Deus, sentindo dentro de mim minha
total insuficiência, minha pecaminosidade e minha miséria. Só Deus me
sustentou durante esta provação e, no entanto, senti que não teria trocado este
sofrimento nem pelas mais doces consolações, desejando apenas a glória de
Deus e a salvação das almas.

   Entretanto, não foi o menor dos meus sofrimentos aqueles causados pelo
demônio da blasfêmia. Agarrando-me à cruz enquanto a tempestade se rugia,
finalmente tive coragem de falar a Deus estas palavras: “Ó, meu Deus, o Senhor
sabe que percebo plenamente meu nada e minha miséria!” Por essas palavras
eu quis dizer, “Já chega, meu Deus! Enquanto eu viver, saberei reconhecer Tuas
dádivas. Jamais os atribuirei a mim mesmo, porque estou absolutamente
convencido de que eu mesma sou apenas indigência e nada!”

   Impulsionada interiormente a pedir ajuda à nossa santa mãe Santa
Teresa¹, iniciei uma novena em sua homenagem e, antes de terminar, 

aconteceu-me algo que agora relatarei.

**O ocorrido após essa novena está na mensagem do dia 26 de agosto de 1843
já publicada neste site. Importante mensagem em que Nosso Senhor revela
como o pecado da blasfêmia o ofende e o remédio para essa ofensa.

 

1 – Santa Teresa de Ávila
* Observação adicionada por membro do apostolado que fez a tradução livre
dessa mensagem.
O grifo nas mensagens também foi inserido por membro do apostolado que fez
a tradução livre dessa mensagem.

 

Abaixo está o arquivo em pdf da mensagem em inglês que foi traduzida do livro The Golden Arrow. 

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