Nosso Senhor revela à Irmã Maria de São Pedro
que é Sua Vontade que a Comunidade Carmelita de
Tours dê à luz a nova Devoção de
Reparação, uma vez que eles têm oferecido orações
especiais pela intenção de que os desígnios
do Sagrado Coração sejam cumpridos.
SENDO a Primeira Sexta-feira, 3 de novembro, tive o privilégio de receber a Sagrada
Comunhão pela intenção especial de que os desígnios do Sagrado Coração de
Jesus sejam realizados. Isso estava sendo feito em nosso convento para cumprir o
voto que nossa Reverente Madre havia feito, prometendo a Deus que por um ano
inteiro duas religiosas em sua comunidade ofereceriam suas Comunhões por essa intenção.
Assim que o Santíssimo Sacramento foi exposto nesta Primeira Sexta-feira,
Nosso Senhor me disse:
“Já que a Comunidade reza pelo cumprimento dos desígnios do Meu
Sagrado Coração, é justo que ela tenha a honra de dar à luz a esta nova devoção, a
Obra de Reparação”, fazendo-me entender que devemos 1promover esta Obra por
meio da imprensa, isto é, imprimindo e circulando as Orações de Reparação pela blasfêmia.
Então algo muito extraordinário e muito difícil de explicar ocorreu dentro de
mim. Senti minha alma depositada no Coração de Jesus e como que cercada pelo
fogo do amor. Pareceu-me por alguns momentos que minha alma havia partido do
meu corpo miserável, a fim de se unir ao seu Deus. Vividamente consciente de que
Deus era o princípio e o fim do meu ser, minha alma se sentiu felizmente perdida
em Deus. Neste estado, senti-me incapaz de agir, mas interiormente continuei a
orar, dizendo: “Meu Deus, quão maravilhosas são as Tuas obras! Vejo que Tu não
és, afinal, um Deus oculto”. Eu senti vontade de acrescentar: “Senhor, é bom
permanecer aqui. Vamos construir três tabernáculos e aprisionar neles as três
faculdades da minha alma: minha memória, minha vontade e meu entendimento”.
Essa foi minha experiência durante toda a Santa Missa. Então, tendo
recebido a Sagrada Comunhão, tomei a liberdade de me dirigir a Nosso Senhor da
seguinte forma: “Oh, meu querido Salvador, agora pela Comunhão estou ainda
mais perto do Senhor, teria a gentileza de repetir tudo o que me disse no início da
Santa Missa?”
Mas vi que Nosso Senhor não estava inclinado a fazer o que eu Lhe havia
pedido naquele momento e, portanto, me rendi ao que Ele estava operando em
mim, o que produziu o feliz sentimento de ser absorvido por Deus, do qual falei acima.
Depois de um curto período, no entanto, Nosso Senhor me disse que Ele
propositalmente permaneceu em silêncio para me ensinar com isso que não estava
em meu poder ouvir palavras interiores sempre que eu escolhesse. Ele também me
disse que o favor extraordinário de me sentir perdida em Deus, que experimentei
durante a Santa Missa, era para servir como prova de que era realmente Ele mesmo
que agia em minha alma, e que eu não deveria temer a presença aqui de espírito
maligno. Tendo me dado esta pequena lição, nosso Senhor então disse:
“Minha filha, ao colocar obstáculos aos Meus planos sobre sua alma, você
Me ofendeu mais e entristeceu Meu Coração mais profundamente do que todas as
suas Irmãs juntas. Não estou mencionando sua fragilidade neste ponto para
preocupá-la. Confie em mim, pois esquecerei todas as suas faltas se você
quiser, amorosamente e com zelo, trabalhar pelos interesses da Minha Glória,
superando todos os obstáculos. As duas razões pelas quais desejo usar2 você
são, primeiro, porque você é muito pequena, e segundo, porque você se ofereceu a
Mim para a realização dos Meus planos. Esta oferta conquistou Meu Coração.
Seja humilde e simples e faça conhecida sua pequenez, pois isso só servirá
para promover os Meus interesses” e ele me fez entender que era Seu desejo
me santificar.
Ele então falou palavras de grande encorajamento, pois enquanto até então
Ele havia repetidamente me ordenado a dizer aos meus superiores o quanto Ele
desejava que eles publicassem e distribuíssem as Orações de Reparação, nesta
ocasião Ele me fez a seguinte promessa:
“Filha, consola-te, pois estas Orações de Reparação serão impressas e
distribuídas!”
1 O grifo na mensagem foi feito pelo membro do apostolado que também fez a tradução livre da
mensagem.
2 Aqui o sentido não é negativo de “usar” como objeto e descartar, mas sim usar como um
instrumento nas mãos de Deus.
3 A tradução dessa mensagem é livre e foi feita por membro do apostolado.
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